A robótica e a inteligência artificial irão impulsionar o desenvolvimento de transportes inteligentes. Alguns destes avanços são já uma realidade. Estão, por exemplo, nos sistemas de cruise-control dos veículos automóveis e nos aviões não tripulados que fazem o reconhecimento de áreas inimigas e atacam alvos seleccionados. Nas próximas décadas, vão mudar radicalmente a forma como nos deslocamos. "Em 2050, teremos automóveis autónomos que nos levarão ao nosso destino pelo caminho com menos trânsito e de uma forma mais segura", assegura António Fernando Ribeiro. Iniciativas como a DARPA Grand Challenge - uma corrida automóvel para veículos autónomos - têm demonstrado resultados promissores, mas o grande desafio será, segundo Pedro Lima, investigador do IST e até este mês presidente da Sociedade Portuguesa de Robótica, "conseguir que estes veículos sejam legalizados". A tecnologia impulsionará também o desenvolvimento de transportes públicos e de veículos eléctricos autónomos, bem como a evolução dos sistemas aéreos não tripulados, usados para reconhecer zonas e transportar carga e até mesmo pessoas.
Na nova era robótica, nenhum domínio da nossa vida escapará. Os robôs tornar-se-ão os operários do futuro nas fábricas e nos armazéns. Assegurarão a vigilância de estabelecimentos e até de algumas ruas. Substituirão as empregadas domésticas e os soldados nos cenários de guerra. Serão os primeiros colonizadores do espaço e revelarão os segredos do fundo do mar. Farão isso e muito mais. O cenário apocalíptico de um mundo dominado por máquinas com vontade própria permanecerá na ficção científica. A autonomia dos robôs, admite Hélder Araújo, será sempre limitada quando estes tiverem de lidar com humanos. "Nestes casos, a última decisão será sempre do humano. Dadas as questões éticas, morais e legais, não é previsível que um robô militar, por exemplo, possa tomar a decisão de disparar ou de lançar uma bomba." Felizmente, algumas coisas não mudarão...
Fonte: Jornal Expresso
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