segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Notícia: Máquinas a Jogar à Bola

Estes robôs pouco têm a ver com os dos filmes de ficção científica. Mas marcam golos. A equipa de robôs do Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro joga há sete anos e tem um historial de vitórias, tanto em competições nacionais como internacionais.  Foi campeã do mundo em 2008 e em 2009 ficou em terceiro lugar, proeza que repetiu este ano. Ainda assim, só há pouco tempo é que os jogadores aprenderam a fazer passes rasteiros.

"Somos a equipa que melhor faz passes", garante o investigador Bernardo Cunha, enquanto os robôs demonstram habilidades com a bola, num pequeno campo de treinos, abafado e sem janelas, escondido num parque de estacionamento subterrâneo no campus da Universidade de Aveiro. Trocar a bola com colegas de equipa, porém, não foi suficiente para conquistar o campeonato mundial. Nesta edição, o primeiro lugar foi para a equipa chinesa e o segundo, para a Holanda.

A RoboCup, que este ano decorreu em Singapura, é o campeonato do mundo de futebol em versão robô, embora também inclua outro tipo de provas. A equipa da Universidade de Aveiro chama-se CAMBADA (o meio académico tem uma grande predilecção por acrónimos e este é o acrónimo de Cooperative Autonomous Mobile roBots with Advanced Distribution Architecture).

Os CAMBADA participam na modalidade de futebolistas médios: os jogadores podem ter um peso máximo de 40 quilos, e não podem ultrapassar os 80 centímetros de altura e 50 centímetros de largura e profundidade.

Os jogos decorrem num campo de 18 metros de comprimento por 12 de largura (um campo de futebol humano tem 120 metros por 90) e colocam frente a frente duas equipas de cinco elementos, um dos quais é o guarda-redes, que pode usar algum equipamento adicional, para o tornar maior e ter mais hipóteses de interceptar a bola.

Cada partida é arbitrada por um humano. Ao apito do árbitro, e se tudo estiver a funcionar correctamente, os jogadores em campo param automaticamente. As regras têm algumas especificidades para tornarem possível o jogo entre máquinas completamente autónomas - mas, no essencial, é um jogo de futebol, com remates, defesas, faltas e livres incluídos.

Fonte: Jornal Público

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